O Diretor Regional da Habitação deu hoje a conhecer, em Leiria, o Programa Famílias com Futuro, criado pelo Governo dos Açores, que apoia mais de 1.050 famílias no arquipélago, das quais cerca de 800 no âmbito do Incentivo ao Arrendamento e as restantes através do arrendamento para subarrendamento para situações de grave carência habitacional.
Carlos Faias apresentou o programa durante o Seminário de Habitação Social Municipal, que fez uma abordagem atual da habitação pública, nomeadamente no que se refere à alteração ao Regime de Renda Apoiada e aos desafios que se colocam ao nível municipal nesta área.
Para o Diretor Regional, o “arrendamento é uma das alternativas mais viáveis”, recordando que esta aposta é, desde a anterior legislatura, “uma realidade na Região”.
Nesse sentido, salientou que, “com as mesmas verbas", tem permitido alargar o acesso à habitação permanente e promover o arrendamento de fogos disponíveis no mercado, assim como “a reabilitação de fogos degradados para serem arrendados, abrindo uma nova área de negócio para os proprietários e para o setor do imobiliário e da construção civil”.
Este encontro serviu ainda para dar a conhecer os diferentes programas regionais de apoio à habitação, bem como a realidade do parque habitacional público sob a tutela do Governo dos Açores.
Relativamente à habitação social, Carlos Faias defendeu que o sistema deve "ser justo, equilibrado e eficiente, sob as suas diversas vertentes”, considerando que esta medida permite a “democratização do acesso à habitação”, satisfazendo “um direito constitucional”.
Esta aposta, para o Diretor Regional, possibilita ainda a “autonomização” das famílias beneficiárias e contribui para a “melhoria das condições habitacionais, de segurança e de salubridade”.
Carlos Faias apontou ainda como vantagens a “melhoria e integração social das famílias, a construção de uma nova identidade e sentimento de pertença comunitária”, assim como o “desenvolvimento de laços sociais”.
Na ocasião, Carlos Faias recordou que o Governo dos Açores tem vindo a potenciar “a integração e o sentimento de pertença das famílias realojadas”, desenvolvendo “um grande esforço de melhoria da oferta de serviços”, tais como o alargamento da rede de equipamentos sociais de proximidade, a infraestruturação e melhoria das zonas envolventes às zonas habitacionais, como é o caso do investimento em curso nos empreendimentos dos Milagres e da Piedade Jovem, nos Arrifes, e a oferta de terrenos disponíveis para o desenvolvimento de hortas comunitárias.