A Secretária Regional da Solidariedade Social revelou hoje, em Ponta Delgada, que o Centro de Acolhimento Temporário e de Apoio aos Sem-Abrigo, um investimento apoiado pelo Governo dos Açores em cerca de quatro milhões de euros, iniciará a sua atividade no primeiro trimestre de 2018.

Andreia Cardoso, em declarações à comunicação social durante uma visita à obra de construção deste equipamento da Cáritas da Ilha de São Miguel, que funcionará em parceria com a Associação Novo Dia, manifestou que a intenção de que “o espaço entre o mais rapidamente possível em funcionamento”.

A titular da pasta da Solidariedade Social salientou que a preocupação do Executivo açoriano é que esta resposta social assegure "condições de acolhimento a um conjunto de 60 pessoas, homens e mulheres” e, sobretudo, que garanta formação que potencie a inclusão dos utentes na vida em comunidade, aspeto que considerou “fundamental” e que será assegurado através de instalações com capacidade para 30 utentes.

No total, este equipamento terá capacidade para 90 utentes, salientando Andreia Cardoso que o levantamento efetuado junto das instituições indica que esta valência colmatará as necessidades identificadas nesta área na ilha de São Miguel, tendo a infraestrutura sido dimensionada precisamente com esse propósito.

“É importante que se diga que este é um projeto inovador”, destacou a Secretária Regional, “não apenas pelas suas caraterísticas, que oferecem respostas de tipologias diferentes”, mas também porque cria instalações para duas instituições que irão trabalhar em parceria no mesmo espaço.

Andreia Cardoso adiantou ainda que está a ser estudada a instalação de uma resposta desta natureza na ilha do Faial, referindo que, embora tenha vindo a ser dada resposta a todas as situações existentes através dos Serviços de Ação Social local, a análise feita “justifica a criação de uma estrutura de pequena dimensão, mas que garanta também o acolhimento de algumas pessoas”.

Atualmente, existem 17 Centros de Alojamento Temporário nas ilhas de São Miguel, Terceira e São Jorge, com capacidade para acolher 254 utentes, além de uma unidade móvel a circular em São Miguel, com capacidade de resposta para apoiar 56 utentes, um conjunto de valências que conta com um financiamento público anual superior a 1,6 milhões de euros.