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Uruguai

 

O Uruguai de relance:

 

Área – 176,215 km2

 

Capital – Montevideu

 

Governo – República parlamentar (2 Câmaras: Senado e Câmara de Representantes); sistema presidencialista

 

Presidente – Tabaré Vazquez

 

Divisão administrativa – 19 departamentos

 

Feriado nacional – 25 de Agosto (Declaração da Independência)

 

Distribuição étnica – 54% Espanhóis, 22% Italianos e minorias de outros países da Europa

 

Sistema educativo oficial – Laico, gratuito e obrigatório

 

Índice de alfabetização – 97%

 

PIB – US$ 20 000 (est. de 1997, em milhões)

 

Religião – Católicos 57%; não religiosos; 38%, Protestantes, 2%, Judeus 1%

 

Língua – Castelhano

 

Moeda – Peso uruguaio

 

População - 3,413,329 habitantes

 

Esperança de vida (anos)mulheres, 76; homens, 69

 

Produções – gado bovino e ovino, trigo, arroz, milho; ametistas, topázios, mármore

 

Actividades económicas – agricultura, transformação de carne, curtumes e artigos de cabedal, lã e têxteis, cimento, pesca, turismo, refinação de petróleo.

 

Exportações – carne e derivados da mesma, couros, lãs, têxteis, peixe e marisco

 

Clima – temperado; as temperaturas em Montevideu variam entre 6º e 14ºC, em Julho e 17º e 28ºC, em Janeiro

 

 

Breve historial:

 

O Uruguai é um dos países mais pequenos do continente americano. Outrora, era apelidado a Suiça da América do Sul devido à prosperidade e à neutralidade que usufruía.

 

Durante a maior parte do séc. XX teve governos democráticos, um Estado-Providência generoso e um elevado nível de vida. Contudo, nestas últimas décadas, o Uruguai não tem sido excepção entre a generalidade das nações latino-americanas, com uma economia periclitante, greves, guerrilha urbana, governo militar, hiperinflação e violações dos direitos do Homem.

 

A prosperidade foi o resultado da riqueza do solo do Uruguai e do seu clima temperado. Nove décimos do território do país são propícios à agricultura, mas só 10% são cultivados. No resto das suas onduladas terras pastam manadas de gado bovino e rebanhos de ovinos.

 

Em 1903, José Batlle y Ordoñez assumiu a presidência deste país devastado pela guerra civil, por várias invasões – antes de se tornar independente da Espanha, em 1828 – e por uma guerra com o Paraguai. Durante o seu governo as exportações aumentaram muito, enriquecendo o país. Elas financiaram a instauração da democracia e a edificação do primeiro Estado-Providência do continente.

 

Esta prosperidade atraiu ao Uruguai numerosos imigrantes, principais responsáveis pela verdadeira revolução demográfica sofrida pelo país durante o séc. XIX. Até 1850, vieram sobretudo da Espanha, da Itália e da França. Em 1830, o Uruguai contava com 70 000 habitantes; em 1875, possuía 450 000 e, em 1900, tinha um milhão de habitantes.

 

 

 

Essa prosperidade só durou até meados do séc. passado, altura em que se instalou a recessão. As receitas das exportações da carne, lã e couros começaram a diminuir a partir de 1945 e de 1960 em diante, foram poucos os anos em que se

registou crescimento económico. Na década de 1960, a inflação atingiu a taxa anual de 50%, o nível de vida desceu e os Uruguaios deixaram de poder pagar as importações a que se tinham acostumado nos tempos de prosperidade.

 

O descontentamento provocou greves generalizadas e o aparecimento de um movimento de guerrilheiros urbanos, os Tupamaros, recrutados entre a juventude da classe média de Montevideu. Este movimento esquerdista, perfilhando ideias

Anarquistas, foi responsável, entre outros actos, por raptos de políticos e industriais para obtenção de resgates. A incapacidade demonstrada pelo Governo na luta contra os Tupamaros levou os militares a tomarem o poder em 1973.

 

O Uruguai ganhou nova fama como o país com o maior número de presos políticos per capita. Com efeito, em 1976, havia no país 4700 presos políticos.

 

Porém, o governo militar não conseguiu resolver a crise económica que foi, ainda, agravada pela recessão mundial. Em 1984, a inflação subira em flecha, o desemprego atingia mais de 15% e a dívida externa elevava-se a 5500 milhões de dólares.

 

Os militares, face a uma oposição generalizada, “lavaram as mãos” dos problemas do país. No meio de grande regozijo geral, 2 milhões de uruguaios foram às urnas em 1984, pondo termo a dois anos de ditadura militar e restauram a democracia no país. No entanto, poucos meses depois de terem entregue o poder ao presidente Júlio Sanguinetti (que governou entre 1985 e 1990), dirigente do Partido Colorado, de feição liberal, os militares faziam já ameaças veladas de um novo golpe, caso o governo civil perdesse o controle do país.

 

O Uruguai já foi comparado à Atenas antiga pelo flagrante paralelismo com uma cidade-Estado – uma grande urbe rodeada por um vasto rancho. Na realidade, metade dos mais de três milhões de habitantes do país vive na capital, Montevideu.

 

Os cerca de 200 mil agricultores do país alimentam esses mais de milhão e meio de habitantes de Montevideu, cultivando vinhas, pomares, arrozais, olivais e pomares de citrinos. O resto do país está entregue aos gaúchos (vaqueiros) que trabalham nas grandes estâncias (ranchos).

 

O Uruguai não tem ouro nem prata e, actualmente, dada a inexistência de jazidas de petróleo e gás natural, as outras fontes de energia assumiram grande importância, nomeadamente, as centrais hidroeléctricas em Palmar e Salto Grande.

 

Em 1991, o Uruguai foi país fundador e passou a integrar o Mercosul, mercado económico e aduaneiro do qual fazem parte também o Brasil, a Argentina e o Paraguai.

 

A qualidade de vida da maioria dos Uruguaios é uma das mais altas da América Latina.

 

 
Bandeira do Uruguai
 
 
 


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