As nove ilhas dos Açores vão ficar cobertas, até ao final deste ano, por 99 estações hidrometeorológicas, um investimento de cerca de um milhão de euros que permite um conhecimento detalhado e atempado do ciclo hidrológico, fundamental para a defesa das pessoas e bens face a eventuais fenómenos extremos de ocorrência de cheias.
Concebido e desenvolvido por técnicos e empresas regionais, envolvendo a Universidade dos Açores, o projeto de alargamento desta rede de estações a todas as ilhas inclui a estação meteorológica da Fonte do Trevo, que o Presidente do Governo, Vasco Cordeiro, visitou hoje, no segundo dia da visita estatutária à ilha do Corvo.
No total, a Região ficará dotada com uma rede de 99 estações hidrométricas, udométricas e meteorológicas automáticas, com teletransmissão de dados em tempo real.
Nesse sentido, e no âmbito da parceria com a Universidade dos Açores, mais concretamente com o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), será feito o acompanhamento e avaliação das condições de aquisição, transmissão, receção e armazenamento de dados, 24 sobre 24 horas.
Os dados gerados por esta rede constituem informação de base que, depois de devidamente tratada e modelada pelo CIVISA, é utilizada para a emissão e difusão de alertas em caso de perigo de ocorrência de movimentos de vertentes associados a episódios de precipitação, num processo que envolve também os serviços de Proteção Civil.
O projeto da Rede Hidrometeorológica dos Açores venceu a sexta edição do prémio Green Project Awards Portugal, na categoria Information Technology, cujo desenvolvimento envolveu a Global EDA.
Depois de uma primeira fase que abrangeu as ilhas de São Miguel, Santa Maria e, parcialmente, Pico, em junho de 2015 teve início a segunda fase deste projeto, com a consignação do contrato para a execução de 40 novas estações hidrometeorológicas automáticas nas ilhas do Pico, Faial, Terceira, São Jorge, Graciosa, Flores e Corvo.