O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente afirmou hoje, em S. Miguel, que, apesar do “investimento avultado”, era importante executar a obra de reperfilamento do leito e das margens da Ribeira da Grota da Areia para prevenir situações como a ocorrida em 2012, quando chuvas intensas provocaram prejuízos em moradias e vias, além de colocar outras em risco.
“Quando se trata de proteger pessoas, de proteger bens, não é o custo das obras que mais releva, mas sim fazer o que é preciso, com o objetivo primeiro de salvaguardar aquilo que de melhor os Açores têm e que são as pessoas”, afirmou Luís Neto Viveiros, no Pilar da Bretanha, concelho de Ponta Delgada, na cerimónia de inauguração daquela obra, um investimento de cerca de 400 mil euros.
Para Neto Viveiros, “não há que pensar em restrições desse ponto de vista porque aqueles acontecimentos, que ainda temos na memória, exigiam uma intervenção desta natureza”, apesar da dimensão e complexidade, para garantir maior segurança à população da freguesia, salientando que a intervenção foi articulada com a autarquia local.
Além da conclusão da empreitada na Grota da Areia, um curso de água não permanente que nasce numa zona de pastagens a montante do Salto dos Queimados e tem uma extensão de 1.350 metros, Neto Viveiros destacou o reforço de investimento público na atual legislatura em intervenções, manutenção e limpeza de linhas de água em todo o arquipélago.
Nesse sentido, recordou que os Açores têm 7.000 quilómetros de linhas de água e 700 bacias hidrográficas, frisando que estão em curso obras no valor global de cerca de quatro milhões de euros em várias ilhas.
Em S. Miguel, já foi lançado o concurso para a construção do canal de desvio de afluentes da Ribeira do Salto da Inglesa e de consolidação do leito e margens do canal do Salto do Fojo, nas Furnas, concelho da Povoação, num investimento de 1,5 milhões de euros.
O Governo dos Açores, considerando os prejuízos causados pelos temporais de setembro e dezembro nos concelhos de Nordeste, Povoação e Ribeira Grande, decidiu também, conforme destacou Luís Neto Viveiros, avançar este ano com intervenções não previstas em linhas de água nestes três concelhos, num custo total estimado de cerca de dois milhões de euros.